Tinha medo!
Medo de acordar!
Tu eras para mim
O meu amor erguido
das ruínas de castelos desmoronados
De onde eu milagrosamente, com vida, tinha escapado.
E sussurrava-te tantas e tantas vezes ao ouvido
Até que a tua boca caiu na minha boca a calá-la
Num beijo, agora embriagado
com os matizes de sonho
De um sol de entardecer,
cheio de brilhos da cor do fogo,
Meu amor, meu amor já feito flor, meu amor …
E adormecemos os dois com os braços enleados,
E adormeceu também a noite na madrugada
Que acordou
com o alvoroço da Natureza a cantar,
E eu acordei com ela e vi que não estavas ali
E comecei a sangrar em prantos agudos
Que eu canto…
que eu não paro de cantar para ti.
E onde estiveres,
se me ouvires eu te peço,
Por favor, tira-me daqui!...
Margarida Sorribas
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