Como as areias do tempo,
que não cabem em nossas mãos,
escorrem por entre os dedos,
o ensejo de nossos desejos vãos.
Os vãos desejos de vento e de amor,
que escapam de nosso coração,
deixam pra trás o vazio da dor,
parindo a aflição.
E fugaz será o tempo,
da seca da desilusão,
quando alguém semeia sonhos,
no deserto da solidão.
E assim quando tudo se for
sobrará o espaço e o tempo,
como divino alento e alimento,
para o meu infinito amor.
Fernando Cardoso
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