De repente
ficamos muito antigos.
Em seu olhar ainda reluz a lua,
porém distante, sobre antiga rua
de onde me vêm
farrapos de cantigas
antigas como nós.
Um desabrigo
me ofende a alma
ao pensar-te nua
agora,
sob a luz dura da lua
que não é a outra lua,
a lua antiga
que do teu corpo
retirava o brilho
com que inundava o céu
e a minha vida
em vastidão de amor,
cálida lua
que já não vem
- ou só como
esbatida
lembrança dos teus olhos,
desde quando,
de repente,
ficamos muito antigos.
Ruy
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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