Debaixo do chapéu, cabelos brancos
feito os pombos que ciscam o chão
o pensamento parte em revoada
o velho cruza a rua de mãos dadas
com a sua solidão
olhos fixos que não dizem nada
pra onde vai o tempo?
pra onde ele leva o que se perdeu?
uma mulher ajeita o vestido
sujo como o pano que esfrega o chão
ela carrega no rosto um sorriso gasto
que cabe no tubo da pasta de hortelã
ela evita o coração
mas o espelho não evita o amanhã
o grito do tempo ecoa
ele diz esperança...
Gian Fabre
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
Nenhum comentário:
Postar um comentário