Acostumar-se ao silêncio dos velhos,
dos jovens, das crianças
Acostumar-se ao silêncio das ruas
dos cães, dos mortos
Acostumar-se à tragédia próxima
ao possível extermínio
dos pobres, dos miseráveis, dos velhos
Acostumar-se à solidão forçada e a olhar a janela do vizinho
Acostumar-se com a morte, com a peste, com a máscara do terror
Acostumar-se a olhar as estrelas, a lua, a chuva,
mesmo pelo vidro da janela
Mas jamais se acostumar com a desumanidade, a maldade,
a ganância daqueles que se acham deuses ricos e inatingíveis
Há de surgir um grito uníssono e forte
vindo da alma daqueles que sobrevivem nas ruas
e será mais poderoso do que qualquer arma,
do que qualquer demônio
que governa um país
Adriana Godoy
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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