É preciso que venha de longe
do vento mais antigo
ou da morte
é preciso que venha impreciso
inesperado como a rosa
ou como o riso
o poema necessário.
É preciso que ferido de amor
entre pombos
ou nas mansas colinas
que o ódio afaga
ele venha sob o látego da insônia
morto e preservado.
E então
desperta para o rito
da forma lúcida tranquila:
senhor do duplo reino
coroado de sóis e luas.
Dora Ferreira da Silva
Hoje, Ame Intensamente e Seja Muito Feliz.
Felicidades...
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