Compreensões...

segunda-feira, 29 de março de 2021

Saudades, saudades...

 


O mar é triste como um cemitério,

Cada rocha é uma eterna sepultura

Banhada pela imácula brancura

De ondas chorando num albor etéreo.


Ah! dessas no bramir funéreo

Jamais vibrou a sinfonia pura

Do amor; só descanta, dentre a escura

Treva do oceano, a voz do meu saltério!


Quando a cândida espuma dessas vagas,

Banhando a fria solidão das fragas,

Onde a quebrar-se tão fugaz se esfuma.


Reflete a luz do sol que já não arde,

Treme na treva a púrpura da tarde,

Chora a saudade envolta nesta espuma!


Augusto dos Anjos


Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz. 

Felicidades...

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