Tinha tudo para esquecer,
Afinal um amor não se acaba assim,
Uma ferida aberta no peito,
E sorrisos amargos para disfarçar a dor.
A magoa instalada e a vontade de ignorar,
Foram tantos momentos de felicidade,
Simplesmente rasgados e jogados ao vento,
Nunca mais o toque suave em seus cabelos.
Porque teve que ser assim,
Porque não articulou situações possíveis,
Porque teve necessidade de cravar fundo a lamina,
Não dando chance as palavras,
Não dizendo simplesmente, adeus.
Foi muito cruel,
Foram lições aprendidas sobre brasas,
Apesar de tudo, ainda carrego em meu peito dilacerado,
Lindas coisas deixadas em nossos instantes de alegria.
Com o passar dos anos doí bem menos,
Mas, ainda vive com seu sorriso,
Como de alguém que chegou,
Para marcar para sempre,
Este coração descompassado...
Alvorada
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