Na penumbra do quarto
ainda vejo o vulto
Da noite engolida pela densa madrugada
Fragmentos da musica que embalou o culto
Nessa cama, altar, onde fui endeusada
Estranha lucidez, das frestas da vidraça
O lume etérea,
Ainda lânguida, recuso-me a despertar.
O corpo ainda guarda o gosto,
Tem o perfume dessa paixão
Que os nós do pudor fez desatar
A luz que agora ofusca ecos do sentimento
Daquilo que em mim ficou, depois da partida
Dominante presença, fortemente sentida
Do olhar dentro do olhar, guardo o momento
Desse olhar intimo que só nos entendemos
A cama desfeita,
Vestígios do que vivemos...
Glória Salles
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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