Tento me achar...
Noites, estranhas noites,
doces noites!
A grande rua, lampiões distantes,
Cães latindo bem longe, muito longe.
O andar de um vulto tardo, raramente.
Noites, estranhas noites,
doces noites!
Vozes falando, velhas vozes conhecidas.
A grande casa;
o tanque em que uma cobra,
Enrolada na bica, um dia apareceu.
A jaqueira de doces frutos,
moles, grandes.
As grades do jardim.
Os canteiros, as flores.
A felicidade inconsciente,
a inconsciência feliz.
Tudo passou.
Estão mudas as vozes para sempre.
A casa é outra já,
são outros os canteiros e as flores
Só eu sou o mesmo, ainda:
não mudei!
Augusto Frederico Schmidt
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
Nenhum comentário:
Postar um comentário