Compreensões...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Nada mudou.


Nada mudou.
 Ao fim de tantos anos,
 o meu passado é ainda o mesmo passado
 - nenhum rosto diferente
 para desviar o rio da memória, 
nenhum nome depois.
 Para te esquecer,
 devia ter partido há muito tempo,
 como viajam as aves de verão em verão.
 E tentei;
 mas as malas abertas sobre a cama
 eram livros abertos, 
e eu nunca fechei um livro antes do fim.
 Por ter ficado, nada mudou jamais
 - e o meu passado é ainda o nosso passado;
 e o rosto que tinha antes de me deixares
 é o que o espelho me devolve no presente...

 Maria do Rosário Pedreira

 Hoje, Ame Intensamente e Seja muito Feliz.
 Felicidades...

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