Tronco de palmeira,
ó frágil e comovente
negação
do deserto
em volta.
Aprumado grito,
apesar da fúria
dos ventos,
alto e límpido,
apesar da solidão.
A copa se rasga
em desespero
em suas folhas
palpitando
aos mais delido
bafo de brisa
no seu reflexo do sol
e do luar.
Por isso te chamo,
enternecido,
minha palmeira
neste solo
deserto
e banho
num olhar de nostalgia
a tua desesperada floração.
Fernando Couto
Hoje, Ame Intensamente e Seja Feliz.
Felicidades...
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