Compreensões...

sábado, 6 de outubro de 2012

Entardecer.




As coisas que não conseguem morrer
 Só por isso são chamadas eternas.
 As estrelas, dolorosas lanternas
 Que não sabem o que é deixar de ser.

 Ó força incognoscível que governas 
O meu querer, como o meu não-querer.
 Quisera estar entre as simples luzernas
 Que morrem no primeiro entardecer. 

 Ser deus — e não as coisas mais ditosas
 Quanto mais breves, como são as rosas
 É não sonhar, é nada mais obter.
 Ó alegria dourada de o não ser

 Entre as coisas que são, e as nebulosas,
 Que não conseguiu dormir nem morrer.

 Cassiano Ricardo 

 Hoje, ame intensamente e seja muito feliz. 

Felicidades...

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