Ele gostava assim:
a inteira cinza tombando intacta no chão.
Pois eu tombei igualzinha àquela cinza.
Desabei inteira sob o corpo dele.
Depois, me desfiz em poeira, toda estrelada no chão.
As mãos dele: o vento espalhando cinzas.
Nesse mesmo pátio
em que se estreava meu coração tudo iria, afinal, acabar.
Porque ele anunciou tudo nesse poente.
Que a paixão dele desbriara.
Sem mais nada, nem outra mulher havendo.
Só isso: a murchidão do que, antes, florescia.
Eu insisti, louca de tristeza.
Não havia mesmo outra mulher? Não havia.
O único intruso era o tempo,
que nossa rotina deixara crescer e pesar.
Mia Couto
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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