No silêncio das casas
dorme o dia
a acordar para lá da vidraça.
Calor de chamas e de brasas
que o vento ateia quando passa.
E tão aceso o lume
dos amantes
se consome do sopé até ao cume
em labaredas trepando às montanhas
mais distantes.
Restam defuntos desejos
bocas frias.
Bombeiros arrefecem as esquinas
necrópole de beijos
corpos em ruínas.
Coveiros enterram em caixões
de madeira polida
extintos pedaços de amores
cinzas de ardidas paixões
densos fumos de pecadores.
Dulce Pontes
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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