Deito-me no teu corpo
como se fosses
a minha última cama
no meu quarto de hóspede dos dias.
Deito-me
e velo
a criança lúcida
que dorme
reclinada
na orla marítima do silêncio.
Ali onde o tempo
se anula e renova
na substância palpável
dum gesto
ou dum olhar
colhidos
sobre a água
construo a minha casa,
habito o espaço inteiro
disponível para a vida,
necessário para a morte.
Albano Martins
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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