Compreensões...

domingo, 9 de outubro de 2016

Amor, espera-me...


Espera-me.
 Até quando, não sei.
 Um dia, voltarei.
 Espera-me pelas manhãs vazias,
 Nas tardes longas
 E nas noites frias, e, outra vez,
 Quando o calor voltar.
 Ai, nunca deixes de me esperar! 
Espera-me, ainda que, aos portais, 
As minhas cartas já não cheguem mais.
 Ainda que o ontem seja esquecido
 E o amanhã já não tiver sentido. 
Espera-me depois que, no meu lar,
 Todos se cansem de me esperar.
 Até que o meu cachorro e o meu jardim
 Não mais estejam a esperar por mim!
 Espera-me. Até quando, não sei.
 Um dia, voltarei. 
Não dês ouvidos nunca, por favor,
 Aqueles que te dizem que o amor não poderá
 Os mortos reviver e que é chegado o tempo de esquecer. Espera-me,
 Ainda que os meus pais acreditem
 Que eu não existo mais.
 Deixa que o meu irmão e o meu amigo lembrem que,
 Um dia, brincaram comigo e,
 Sentados em frente da lareira,
 Suponham que acabou a brincadeira…

Konstantin Simonov


 


 
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz...
 Felicidades...

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