Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho
que silêncio os entontece
quando
de súbito se tocam e,
cegos ainda,
procuram a saída
que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?
É de tarde, na melancolia turva
dos poentes,
ouvindo um tocar de sinos
escorrer sob o azul dos céus quentes,
que essa imagem desce de agosto,
ou
setembro, e se enrola
sem desgosto
no chão obscuro
desse amor que lembro.
Nuno Júdice
Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
Felicidades...
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