Lembra-me sempre
a viagem,
a grande, a estranha viagem.
As mulheres brincavam e riam
ao pé das enormes fogueiras.
Rostos da cor do bronze,
olhares misteriosos,
E mãos escuras para todos os misteres.
Lembra-me sempre a viagem,
as estradas perdidas
Por onde seguíamos
atrás das auroras ingênuas
Que corriam cantando,
e atrás das horas fugidias
— Horas que pareciam dançar ao ruído de pandeiros.
Era tudo uma grande inocência e descuido.
O futuro sombrio, as ambições, os medos,
Não me lembro de os ter sentido nesses tempos.
Colhíamos, então,
flores e frutos nos caminhos,
Amávamos o amor nas morenas mulheres,
E adormecíamos à mercê dos ventos e das chuvas.
Augusto Frederico Schmidt
Hoje, Ame Intensamente e Seja muito Feliz.
Felicidades...