Compreensões...

domingo, 5 de abril de 2015

Amar-te...


Antes de amar-te, amor,
 eu nada tinha: 
 vacilei pelas ruas e pelas coisas:
 nada contava nem tinha nome:
 o mundo era do ar que aguardava.
 Conheci salões cinzentos,
 túneis habitados pela lua,
 hangares cruéis que se despediam,
 perguntas que teimavam sobre a areia.
 Tudo estava vazio,
 morto e mudo, caído,
 abandonado e abatido,
 tudo era inalienavelmente alheio,
 tudo era dos outros e de ninguém,
 até que a tua beleza
 e a tua pobreza
 encheram o outono de presentes.

 Pablo Neruda

 Hoje, ame intensamente e Seja muito feliz.
 Felicidades...

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